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sexta-feira, 16 de novembro de 2007

TOP LEITOR - Setembro / Outubro / Novembro

O Manuel está atordoado com o amigo José Diogo. Não é que o José não descola do título de maior leitor da Biblioteca? Verdade. Ora vejam:

Secção livros
1º Lugar José Diogo (6º C, nº 12)
2º Lugar Daniel Gomes (8ºB, nº5)

Secção DVD(s)
1º Lugar Jéssica Guisado (6ºC, nº10)

Secção 'profes'
Os professores José Teixeira e Maria da Graça Alves andam entusiasmados 'cá co'a casa'...
1º Lugar Profª Maria da Graça Alves
2º Lugar Prof. José Teixeira

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

2008 - Ano Internacional da Batata

O Ano Internacional da Batata aproxima-se. O Manuel, atento a estas coisas, já está a pensar em formas de dinamizar aqui esta iniciativa -muito séria- da FAO.


Para já, no passado dia 12 (segunda-feira), distribuiu, para agrado geral, no refeitório da Escola, vários poemas de variados e bons poetas portugueses e brasileiros acompanhados pela sobremesa do dia... batata doce, pois claro!!!

Plano Nacional de Leitura

O Plano Nacional de Leitura chegou à nossa escola. Ainda neste período serão postos à disposição de professores e de alunos os primeiros livros chegados ao abrigo deste programa.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

No Outono, ler convida à reflexão.

Para quê ler?

Livros do Mês de Setembro

Pois é!... cá estamos de volta às actividades escolares. Recomeçam as canseiras. Por outro lado, é bom revermos os colegas, os professores e os funcionários. É bom matarmos as saudades. É ou não é verdade?

Aqui, na casa do Manuel, começamos em grande este ano lectivo. Ora vê lá...



Se julgas que o mundo do espectáculo é fácil (e há muitos jovens que o julgam...) este é um livro que deves ler.


Mistério, homicídio, drama, aventura. Uau!...



Com toda a certeza já viste pelo menos uma das muitas versões do Robindos Bosques. Gostaste? Experimenta ler a obra original.


Sabes o que é a estegofilia? Dá uma vista de olhos aqui ao 'Anjo Terrível'.


Outra obra com várias versões...




!!101 - experiências - 101!!
Experimenta.




Ahhh... pois. Os teus sentimentos confundem-te, o teu corpo muda. Este é um livro de que vais gostar.



Tens problemas com a Escola? Dá aqui uma leiturazita... vais ver que vais gostar.



Que terrível segredo guardará o Mike? Vamos tentar descobri-lo...




Este livro ganhou o prémio Merlín em 1995. Vamos lá a ver porquê.




Um gozo... Um grande livro.




Um dos livros do ano. Um thriller a não perder.




Os Desobrimentos visto pelos 'achados'. A não perder.




Dezoito contos 'à Woody'!

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Livros do Mês de Junho

O Manuel escolheu dois temas -6 livros- para este mês de Junho: Clássicos e Ciência.
Propomos-te os clássicos 'Fábulas', de Fedro; 'As Suplicantes' e 'Os Persas', de Ésquilo e 'As Vespas' e 'As Aves', de Aristófanes (fica prometido que ainda hão-de ser disponibilizadas 'As Nuvens').
As 'Fábulas' do romano Fedro, escritas há 2000 anos!, lêem-se de uma assentada. São pequenas histórias (nem todas fábulas propriamente ditas) que moralizam sobre os defeitos do Homem.
Do grego Ésquilo (525- 456 a.C.) propomos duas peças de teatro. 'As Suplicantes' exaltam os valores da honestidade e do espírito de sacrifício das Danaides. 'Os Persas' é uma peça que exalta as virtudes da Grécia face à derrotada Pérsia.
Aristófanes é o mais divertido destes autores. Este grego critica os defeitos da sociedade do seu tempo com muita modernidade.
'Porque É Que o Mar É Azul' é um livro que, de forma leve e bem disposta, nos dá curiosas e interessantes informações científicas. Como surfar pela lava de um vulcão em erupção ou a fatalidade das quedas dos sétimos andares para a saúde dos gatos.

Diverte-te.
































quinta-feira, 31 de maio de 2007

TOP LEITOR DE MAIO

Os melhores leitores do mês de Maio foram os nossos amigos Tânia Encarnação (8ºA, nº25) e José Diogo dos Santos (5º E, nº 10), tendo cada um deles requisitado 3 livros aqui na casa.

Destacaram-se ainda, pelo número de requisições de outros materiais, os leitores Miguel Simão (7ºB, nº15), Nícia Pinção (6ºA, nº18), Luís Miguel Silva (5ºA, nº 13) e João Pedro Encarnação (8A, nº 13).
Um cumprimento especial cá da casa à professora Teresa Vasconcelos por ter sido a adulta cá do sítio que mais requisitou livros aqui na casa.

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Bernardo Fava



Na noite do passado dia 26 de Maio faleceu num acidente de viação um 'homem bom'.
Nesta hora trágica, fica a certeza de continuar presente no seio de toda a comunidade educativa (alunos, funcionários, professores) a memória do 'Sr. Fava'.
A sua presença nos espaços da 'Sala de Informática' e da Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos da Escola EB23 Manuel de Brito Camacho não se apagará nunca...

A Equipa da Biblioteca Escolar




Post Scriptum: A cerimónia fúnebre realizar-se-á no próximo dia 29 de Maio pelas 15 horas e trinta minutos na Moita do Ribatejo.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Maio - MÊS DO CORAÇÂO

A Biblioteca cá do Manuel não brinca em serviço. Por alvitre da D. Filomena Grilo, prontamente aceite pela equipa coordenadora cá da casa, o Manuel assinalou o Mês do Coração.

Conforme se vê na foto acima, captada pela D. Isabel Encarnação, a professora Isabel Brioso, em grande esforço, retira os dizeres relativos ao 25 de Abril. Em sua substituição surgirão os corações de Maio...

'O que é que tem uma coisa a ver com a outra?' - pergunta-se o leitor mais distraído... Estas efemérides têm, obviamente, tudo a ver uma com a outra! Dito de outra forma:


Que a saúde dos nossos leitores possa permitir-lhes usufruir dos prazeres da leitura em liberdade.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

A Experiência do Mês de Abril - Arquimedes



Arquimedes foi o protagonista da experiência do mês de Abril.
Para despertar a tua curiosidade aqui se deixa a imagem de uma experiência que te será depois explicada nos links abaixo.



quinta-feira, 3 de maio de 2007

Leitores do mês de Abril

No mês de Abril distinguiram-se três leitores. Entre os alunos o destaque vai todo para o Miguel Simão (1º Lugar) e para o nosso amigo José Diogo (2º Lugar). A professora Maria José Brissos destacou-se entre os leitores já eleitores...

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Livros do Mês de Maio



O Manuel registou com muito agrado o interesse da rapaziada que passa aqui pela casa pela colecção 'As Feras do Futebol Clube', vai daí e pimba! adquiriu os dois últimos volumes publicados desta série.
Para ter todos os títulos já publicados desta colecção acessíveis aos amigos leitores já só falta ao Manuel adquirir o volume nº 1 (Léon, o Rei das Fintas').
Descansem os amigos leitores, fica, desde já, a promessa de agarrar o 'malvado' Léon...
Palavra de Manuel!


'A Sombra do Vento', de Carlos Ruiz Zafón, é um best seller no país vizinho. Para os leitores mais 'batiditos' pode ser uma óptima leitura para o Verão que se aproxima a passos largos...
O Manuel ainda não o leu, mas a acreditar na crítica estamos perante uma promessa de suspense até à última página.


Outro título que o Manuel elegeu para lugar de destaque no mês de Maio: "O PEQUENO DITADOR - da criança mimada ao adolescente agressivo". Trata-se de um trabalho de Javier Urra, conceituado especialista na área, que se debruça sobre a realidade da agressividade juvenil a partir de uma amostra de casos verídicos ocorridos em Espanha e em Portugal.

Imprescindível para quem lida com adolescentes.


Leitores do mês de Março



O José Diogo continua perfeitamente imbatível. Voltou a ser, em Março, o nosso leitor do mês.

O Manuel, reconhecidíssimo, agradece esta preferência ao José Diogo. Cá na casa vamos procurar ter sempre motivos de interesse para as suas visitas.

-De acordo, José Diogo?

Agora, as classificações dos nossos leitores:

Alunos

1º- José Diogo dos Santos

2º- Jacqueline Hardy

3º- Miguel Simão

Professores

1º - Professor José Teixeira

segunda-feira, 23 de abril de 2007

'O VERBO LER NÃO SUPORTA O IMPERATIVO' , Daniel Pennac - No Dia Mundial do Livro...

No Dia Mundial do Livro o Manuel publica aqui algumas reflexões sobre a importância do livro e da leitura. Esta reflexões são fruto de uma recolha realizada pelo professor Pedro Marques durante o período de tempo em que, substituindo a ausência por motivo de saúde da professora Graça Alves, colaborou nas actividades desnvolvidas aqui na casa do Manuel.
(O Manuel chama a atenção dos professores e dos pais para os seguintes factos:
1) a intenção destas reflexões é mesmo essa: reflectir. Seja, as opiniões expressas pelos autores não são necessariamente a opinião cá do Manuel;
2) Uma das reflexões -a 5ª- pode ser de extrema utilidade uma vez que, para além de nos permitir aceder a links de extrema utilidade, aponta práticas pedagógicas que podem potenciar a proficiência dos alunos na escrita e na leitura.)


1.- A Importância da Leitura na Construção do Conhecimento

"Antigamente se acreditava que o conhecimento era transmitido, que passava de uma pessoa para outra. É claro que, por mais que se esforçasse, talvez nosso professor de Português não tivesse conseguido nos transmitir as regras da colocação pronominal. (Sabe aquele papo de próclise, mesóclise e ênclise? Não? Fique calmo, quase ninguém se lembra...) O caso é que fizemos a prova e tiramos a nota, mas hoje precisamos escrever uma carta comercial ou um artigo para a revista, mandar um e-mail, procuramos dentro de nós e... onde foi parar? Com certeza, não é um conhecimento disponível no presente. Não aprendemos de fato, pois uma das características da aprendizagem é ser aplicável: não apenas saber, mas poder usar o que se sabe.
Agora, aquela música dos Incríveis... aquela você nunca mais esqueceu! Às vezes se pega cantarolando era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones. Gostando ou não gostando, ela ficou.
Por que a música permaneceu e a mesóclise foi pro espaço?
- Porque a música era fácil. – Alguém diz.
Acontece que outras coisas eram muito mais fáceis e você esqueceu, como o telefone da sua cunhada, enquanto reteve inúmeros dados difíceis, como um vocabulário de centenas de palavras e expressões em Inglês.
Mesmo sem entrar presentemente na relação entre memória e aspectos emocionais/sentimentais, ainda assim podemos entender o que acontece, com a ajuda de modernas teorias da aprendizagem. Elas consideram o conhecimento como sendo uma construção íntima de cada ser, uma elaboração da mente, construindo, desmontando e reconstruindo estruturas de pensamentos, sempre a partir do que percebeu e experimentou.
Há, certamente, os fatores externos, as possíveis estimulações, que são recursos que podem despertar o interesse do aluno para um determinado tema, numa atitude de curiosidade e atenção. Mas a realidade é que ninguém controla o modo como o outro aprende, ou quando chegará a aprender o que pretende ensinar. A prova disso é que aprendemos muito com nossos pais (e não apenas do que esperavam que aprendêssemos!), mas há certas áreas em que eles nunca conseguiram modificar nosso jeito de pensar.
E assim também acontece com as nossas crianças. Dizer que cada criança é um mundo parece clichê, mas é a mais pura verdade. Tudo o que ela já viveu, nesta encarnação e nas anteriores; tudo o que já fez, descobriu, percebeu, intuiu e pensou; os filmes que assistiu, as conversas que ouviu, as histórias que leu; tudo participa do seu modo de ver o mundo e de aprender. Que conceitos adquiridos entram na formação de suas conclusões sobre as coisas? Nunca saberemos totalmente. Mas o que se sabe é que as informações e os exemplos a que se expõe sempre podem influenciá-la mais ou menos intensamente - o que é nossa porta de entrada, como educadores, neste seu mundo tão particular. O que se pode fazer é criar um meio propício, é oferecer, à inteligência, a argamassa, o material de construção em quantidade e qualidade suficientes para que a criança construa suas estruturas de pensamento da melhor maneira, com o melhor tipo de informação e os melhores exemplos possíveis.
E aqui chegamos à importância dos livros e da leitura neste processo.
Ler é saber. O primeiro resultado da leitura é o aumento de conhecimento geral ou específico.
Ler é trocar. Ler não é só receber. Ler é comparar as experiências próprias com as narradas pelo escritor, comparar o próprio ponto de vista com o dele, recriando idéias e revendo conceitos.
Ler é dialogar. Quando lemos, estabelecemos um diálogo com a obra, compreendendo intenções do autor. Somos levados a fazer perguntas e procurar respostas.
Ler é exercitar o discernimento. Quando lemos, colocamo-nos de modo favorável ou não aos pontos de vista, pesamos argumentos e argumentamos dentro de nós mesmos, refletimos sobre opções dos personagens ou sobre as idéias defendidas pelo autor.
Ler é ampliar a percepção. Ler é ser motivado à observação de aspectos da vida que antes nos passavam despercebidos.
Ler bons livros é capacitar-se para ler a vida."

Rita Foelker

2.- A IMPORTÂNCIA DA LEITURA (11/7/2006)

"A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta.
A atividade de leitura não corresponde a uma simples descodificação de símbolos, mas significa, de fato, interpretar e compreender o que se lê. Segundo Angela Kleiman, a leitura precisa permitir que o leitor apreenda o sentido do texto, não podendo transformar-se em mera decifração de signos linguísticos sem a compreensão semântica dos mesmos.
Nesse processamento do texto, tornam-se imprescindíveis também alguns conhecimentos prévios do leitor: os linguísticos, que correspondem ao vocabulário e regras da língua e seu uso; os textuais, que englobam o conjunto de noções e conceitos sobre o texto; e os de mundo, que correspondem ao acervo pessoal do leitor. Numa leitura satisfatória, ou seja, na qual a compreensão do que se lê é alcançada, esses diversos tipos de conhecimento estão em interação. Logo, percebemos que a leitura é um processo interativo.
Quando citamos a necessidade do conhecimento prévio de mundo para a compreensão da leitura, podemos inferir o caráter subjetivo que essa atividade assume. Conforme afirma Leonardo Boff, 'cada um lê com os olhos que tem. E interpreta onde os pés pisam. Todo ponto de vista é a vista de um ponto. Para entender o que alguém lê, é necessário saber como são seus olhos e qual é a sua visão de mundo. Isto faz da leitura sempre um releitura. [...] ' Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor.
A partir daí, podemos começar a refletir sobre o relacionamento leitor-texto. Já dissemos que ler é, acima de tudo, compreender. Para que isso aconteça, além dos já referidos processamento cognitivo da leitura e conhecimentos prévios necessários a ela, é preciso que o leitor esteja comprometido com sua leitura. Ele precisa manter um posicionamento crítico sobre o que lê, não apenas passivo. Quando atende a essa necessidade, o leitor se projeta no texto, levando para dentro dele toda sua vivência pessoal, com suas emoções, expectativas, seus preconceitos etc. É por isso que consegue ser tocado pela leitura.
Assim, o leitor mergulha no texto e se confunde com ele, em busca de seu sentido. Isso é o que afirma Roland Barthes, quando compara o leitor a uma aranha:
'[...] o texto se faz, se trabalha através de um entrelaçamento perpétuo; perdido neste tecido - nessa textura -, o sujeito se desfaz nele, qual uma aranha que se dissolve ela mesma nas secreções construtivas de sua teia.
Dessa forma, o único limite para a amplidão da leitura é a imaginação do leitor; é ele mesmo quem constrói as imagens acerca do que está lendo. Por isso ela se revela como uma atividade extremamente frutífera e prazerosa. Por meio dela, além de adquimirmos mais conhecimentos e cultura - o que nos fornece maior capacidade de diálogo e nos prepara melhor para atingir às necessidades de um mercado de trabalho exigente -, experimentamos novas experiências, ao conhecermos mais do mundo em que vivemos e também sobre nós mesmos, já que ela nos leva à reflexão.'
E refletir, sabemos, é o que permite ao homem abrir as portas de sua percepção. Quando movido por curiosidade, pelo desejo de crescer, o homem se renova constantemente, tornando-se cada dia mais apto a estar no mundo, capaz de compreender até as entrelinhas daquilo que ouve e vê, do sistema em que está inserido. Assim, tem ampliada sua visão de mundo e seu horizonte de expectativas.
Desse modo, a leitura se configura como um poderoso e essencial instrumento libertário para a sobrevivência do homem.
Há entretanto, uma condição para que a leitura seja de fato prazerosa e válida: o desejo do leitor. Como afirma Daniel Pennac, "o verbo ler não suporta o imperativo"*. Quando transformada em obrigação, a leitura se resume a simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma, passa a respeitar e valorizar a leitura. Está criado, então, um vínculo indissociável. A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele, por sua vez, não deseja desprender-se."
* O destacado é da responsabilidade cá do Manuel...

Maria Carolina
(Professora de Língua Portuguesa e Redação do Ensino Médio e Normal )

3.- Importância da Leitura

"Poucos brasileiros entendem o que lêem. Não passam de 25% segundo pesquisa recente do Ibope. Vale dizer que a maioria da população mantem-se nos limites de uma deficiência instrumental que torna sombrio o prognóstico quanto ao futuro da nação. A leitura é um dos últimos recantos da liberdade intelectual. Quem lê cria tanto ou mais que o autor. Com a imaginação solta, o leitor elabora mentalmente os cenários, compõe o perfil dos personagens, interpreta diálogos, identifica afinidades pessoais e vive, a seu modo, o prazer e a infinitude das emoções potencialmente contidas no texto.Quem lê não recebe imagens prontas, coloridas, acabadas. Tem de construí-las pelo processo do entendimento e interpretação. Suas emoções não são pautadas pelas vinhetas da mídia eletrônica que padronizam as emoções do telespectador ?sempre passivo ?, para modelar a opinião pública que interessa aos produtores. O leitor nunca é passivo. Exercita, o tempo todo, os mecanismos psicodinâmicos que fundamentam,estruturam e aperfeiçoam a consciência. Por isso, desenvolvea criatividade, refina a percepção, aprimora o senso crítico e fica imune às manipulações que a comunicação pela imagem veicula como ingredientes de dominação. A leitura é problematizadora, induz a reflexão, suscita hipóteses, faz pensar. Já a comunicação pela imagem, ao ser utilizada como ferramenta de controle da opinião pública, é a negação do pensamento. Não passa de show visual cheio de efeitos especiais que despertam a sensação do fantástico, do extraordinário, do instantâneo e promovem a preguiça mental do expectador por meio do deslumbramento programado. E o deslumbrado não pensa, admira. Não critica, assimila. Não forma sua opinião, repete a que recebe. Não reage, absorve.Não cria, consome. Não resiste, deixa-se aculturar. Não se afirma, submete-se. Não por acaso, as sociedades menos desenvolvidas e mais dominadas são justamente as que menos lêem. São aquelas que admitem o analfabetismo com naturalidade, se é que suas elites não o perpetuam deliberadamente. Aliás, um dos indicadores de desenvolvimento usados na atualidade é o número de televisores difundidos pelo país. Não é o número de livros publicados ou lidos pelo cidadão. Os grupos dominantes sabem muito bem que a palavra escrita é incontrolável e portanto libertadora, enquanto a imagem pode ser cientificamente ??editada?? para inibir a liberdade de pensamento. Nesse sentido, a palavra pertence à sintaxe da revolução, enquanto a imagem é a fonte da ilusão conservadora. A Santa Inquisição não queimava apenas as ??bruxas?? e os hereges. Incinerava montanhas de livros em praça pública para que não fossem lidos. Da mesma forma, em nosso país, agentes dos governos militares invadiam casas de ??subversivos??,apreendiam e destruíam livros cujos títulos e autores integravam a lista dos proscritos do regime. Os jornais escritos foram duramente censurados, quando não empastelados.Em vez de criarem escolas para alfabetização e estímulo à leitura, optaram pela rede de televisão concebida como monopólio destinado a subjugar o povo, impondo-lhe novos padrões de consumo e dependência externa. Nos primeiros momentos houve necessidade de recurso às tropas para sufocar a resistência das gerações ainda formadas pela leitura. Mas, com o passar dos anos, a estratégia de controle pela mídia eletrônica produziu os resultados projetados. As gerações educadas pelos shows domingueiros e pela Xuxa de todas as manhãs foram se distanciando do hábito de ler e se desinteressando da palavra, do pensamento crítico, do vernáculo. A invasão cultural não tardou a nos americanizar, transformando-nos em consumidores da Disney, da violência enlatada, ou dos Big-Macs que já têm o sabor dos novos tempos. A comunicação pela imagem eletrônica é a tropa de ocupação dos tempos modernos. Sua eficiência é indiscutível. O império mais violento da história da humanidade é mantido e ampliado por meio das imagens cuidadosamente montadas que nos chegam via satélite. O último recanto da liberdade intelectual vai sendo assim tomado de assalto pela ditadura eletrônica. Opensamento humano tornou-se prisioneiro de telas e cabos. Contudo, nos piores momentos de repressão, nunca se deixou de escrever e ler. Ainda que clandestinamente. E foi, quase sempre, na clandestinidade que se produziram os textos e leituras que transformaram a história do homem. O escritor e o leitor dos dias atuais não são espécies em extinção, mas militantes da resistência libertária empurrados para a clandestinidade. Vivem nas catacumbas do atual império, mantendo, com a palavra escrita e a leitura, a réstia de luz transformadora que emana do ato de pensar para iluminar os rumos do futuro."


Fernando Cesar Lima Leite
(Artigo publicado no Correio Braziliense em 24/09/2003)





4.- A Importância da Leitura

"Ler é essencial. Através da leitura, testamos os nossos próprios valores e experiências com as dos outros. No final de cada livro ficamos enriquecidos com novas experiências, novas ideias, novas pessoas. Eventualmente, ficaremos a conhecer melhor o mundo e um pouco melhor de nós próprios.
Ler é estimulante. Tal como as pessoas, os livros podem ser intrigantes, melancólicos, assustadores, e por vezes, complicados. Os livros partilham sentimentos e pensamentos, feitios e interesses. Os livros colocam-nos em outros tempos, outros lugares, outras culturas. Os livros colocam-nos em situações e dilemas que nós nunca poderíamos imaginar que encontrássemos. Os livros ajudam-nos a sonhar, fazem-nos pensar.
Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros. Na escola aprendemos gramática e vocabulário. Contudo, essa aprendizagem nada é comparada com o que se pode absorver de forma natural e sem custo através da leitura regular de livros.
Alguns livros são simplesmente melhores que outros. Alguns autores vêem com mais profundidade o interior de personagens estranhas, e descrevem o que eles vêem e sentem de uma forma mais real e efectiva. As suas obras podem exigir mais dos leitores: consciência das coisas implicadas em vez de meramente descritas, sensibilidade às nuances da linguagem, paciência com situações ambíguas e personagens complicadas, vontade de pensar mais profundamente sobre determinados assuntos. Mas esse esforço vale a pena, pois estes autores podem proporcionar-nos aventuras que ficam na nossa memória para toda a vida.
Relativamente aos escritores em si, é difícil muitas vezes começar a ler livros de um novo escritor, o que nos leva a desistir ao fim de poucas páginas. É essencial perseverar. A maioria da boa escrita é multi-facetada e complexa. É precisamente essa diversidade e complexidade que faz da literatura uma actividade recompensatória e estimulante.
Muitas vezes um livro tem que ser lido mais de uma vez e com abordagens diferentes. Estas abordagens podem incluir: uma primeira leitura superficial e relaxada para ficar com as principais ideias e narrativa; uma leitura mais lenta e detalhada, focando as nuances do texto, concentrando-nos no que nos parece ser as passagens chave; e ler o texto de forma aleatória, andando para trás e para a frente através do texto para examinar características particulares tais como temas, narrativa, e caracterização dos personagens.Todo o leitor tem a sua abordagem individual mas o melhor método, sem dúvida, de extrair o máximo de um livro é lê-lo várias vezes."

Dioclécio Campos Júnior
(Médico, professor titular de pediatria da UnB e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria)




5.- Sobre o gosto da leitura na escola


[A autora enumera alguns pressupostos para a introdução dos alunos no mundo da literatura, como a importância de ter um ambiente cultural no qual o livro esteja presente, de ampliar o repertório do aluno apresentando-o a uma diversidade de gêneros textuais, de ensinar a ler com prazer, de respeitar as escolhas dos jovens diante do universo desvelado pelos livros. Aborda ainda a estreita ligação entre o ler e o escrever, oferecendo sugestões de exercícios para o desbloqueio da escrita criativa.]

"O professor de literatura e crítico literário, C. F. Moisés, com quem estudo há 10 anos, na apresentação de seu livro “Poesia não é difícil” cita questões muito comuns de serem ouvidas na escola: ‘Como posso gostar de poesia se não a entendo?’ ‘E como entender sem gostar?’ (1) Ficamos em um círculo vicioso, uma armadilha, afirma o autor, pois como saber se gostamos (ou não) se não a conhecemos? Aí entra o papel do professor educador e mediador da cultura em introduzir novos conteúdos e novas experiências no mundo do aluno. Mas como? Eis a questão crucial. O objetivo deste texto é enumerar alguns pressupostos e algumas atividades de linguagem como idéias a serem adaptadas por vocês, professores, em seus planos.
Um pressuposto refere-se à significação de um ambiente cultural na formação do leitor. Desde muito pequenos, os alunos podem ‘ler’ textos, entendido o verbo de forma não literal: quando o professor lê para a classe, quando o aluno conta suas vivências na roda, quando o aluno ouve o colega contar ou descrever algo, quando o aluno ouve uma cantiga e sua letra, quando o aluno ‘lê’ ilustrações de um livro, quando ele tem acesso constante aos livros da sala ou da biblioteca, quando sabe que a leitura é uma atividade valorizada pelo professor.
Sabemos das dificuldades de obtenção e veiculação de livros nas escolas. Bibliotecas sem bibliotecários, livros não tombados e, portanto, não passíveis de circulação, mas sabemos também que existem outras formas de contornar essa situação. Saraus, pedidos em editoras, mutirões do livro, de organização das salas de leitura, feiras culturais, intercâmbios entre classes, cartas a autoridades competentes, etc. são alguns dos recursos que a escola deve utilizar para garantir o acesso do aluno ao livro.
Outro pressuposto refere-se ao grau de complexidade dos textos e das atividades com textos. Não devemos poupar os alunos de novos desafios. A função da escola é ensinar novidades, ampliar o repertório do aluno com exposição de maior diversidade de gêneros textuais. A dosagem e as exigências serão planejadas considerando que a formação do leitor é um processo de amadurecimento. Quanto antes começar, mais sentido fará na vida do aluno-leitor. O livro é um objeto inserido em um contexto. Tem autoria, propósito, um tempo e um espaço delimitado (de criação e de circulação). Saber sobre o autor e sua época, conhecer suas condições de produção ajuda a inferir sobre outros tempos e outros espaços.
Um exercício interessante é o de comparar textos literários de uma mesma temática, mesmo local e épocas diferentes, ou textos oriundos de culturas diferentes abordando o mesmo tema. “É a polifonia e a pluralidade contra o monólogo e a palavra autoritária”. (Sonia Kramer) (2)
Intertextualidade. Por exemplo, mixar conteúdos da História com textos literários também é um recurso em que ambas as áreas ficam enriquecidas. Sabemos que a escola tem um plano a cumprir e dentro dele as atividades de linguagem que devem ser realizadas e avaliadas. Ensinar a ler com prazer, a tirar proveito pessoal da leitura esbarra quase sempre na questão do número de alunos na sala para acompanhar e na dificuldade em avaliar objetivamente o aproveitamento, o prazer e a fruição. Mas sem paixão não avançamos. Principalmente quando pisamos na seara da literatura. Ensinar as características estruturais dos gêneros, as combinações lingüísticas possíveis em um texto, a organização das palavras, a comunicação de idéias não devem matar o prazer, não podem impedir que a leitura faça sentido pessoal e íntimo na vida do aluno.
Outro pressuposto é respeitar a escolha do aluno. Imaginem uma pequena cidade em que seus habitantes só conhecem comida brasileira. Vivem tranqüilos sem saber ou sem querer saber o que existe de diferente lá fora. Aí chega um grupo de imigrantes do Oriente trazendo seus costumes, temperos e especiarias. O que pode acontecer?
A – os dois grupos não se comunicarem.
B – os dois grupos trocarem suas especificidades e criarem um terceiro grupo.
C – os dois grupos aceitarem as mútuas contribuições, mas manterem sua identidade.
Esse é um exemplo do que pode acontecer com quem tem contato com o conhecimento. Transformação. Mas não acontece de imediato, nem uniformemente. É um processo e, como tal, é variável. Especificamente na arte, e dentro dela na literatura, esse processo tem finalidade de aumentar a autoconsciência humana.
“A literatura é um autêntico e complexo exercício de vida, que se realiza com e na linguagem”. Nelly N. Coelho (3) As possibilidades combinatórias são muitas e cada um responde de acordo com sua história, seus sentimentos e possibilidades.
Imaginem agora se todas as pessoas da mesma cidade só conhecessem histórias de saci e lobisomem. Chega na cidade o grupo do Oriente trazendo histórias de califas e odaliscas, nunca antes ouvidas. Respondam: o que pode acontecer? Essas analogias nos permitem entender o que muda quando o novo penetra em nosso mundo, as dificuldades de aceitação, o acréscimo que pode significar e a mudança que pode provocar.Existe uma estreita relação entre produção de textos e leitura. Segundo Citelli (5), a escrita constante pode despertar maior interesse pela leitura. O pressuposto subjacente é que durante o percurso da escrita, os alunos tendem a se expressar cada vez melhor com menos clichês e mais identidade. Nem tudo que nos apresentam ou que conhecemos tem unanimidade. Podemos falar em tendências, cada classe social, cada bairro, cada sala de aula têm características próprias pois vivem histórias de vida similares. Assim, o professor pode dizer:
‘- minha classe gosta de livros de aventuras’, ou ‘minha classe adora gibis’, como um bloco, mas devemos oferecer opções e respeitar as diferenças. A leitura e a escrita são, portanto, construídas ao longo da vida escolar com respeito à individualidade, incentivo à narração pessoal, desejo de ser lido ou ouvido.
Os passos da escrita criativa:
1 – narrar e escrever tudo e sempre como uma rotina escolar.
2 – encontrar com o professor e colegas um assunto de interesse para escrever.
3 – começar com o que Lucy McCalkins (4) chama de ensaio, uma primeira escrita.
4 – esboço ou desenvolvimento da escrita. “Ponha no papel”, diz o escritor W. Faulkner, “aproveite a chance. Pode ser mau, mas este é o único modo pelo qual você poderá fazer algo realmente bom”.
5 – revisão – ver novamente, ler para os colegas e professor e reescrever em todas as etapas.
6 – edição – fazer o texto excrito circular, mesmo entre os colegas.
Quem escreve, escreve para ser lido e, às vezes, a escola engaveta e só corrige os escritos e esquece do seu autor.
Vamos descrever alguns exemplos de exercícios de desbloqueio da escrita criativa:
1 – o professor sugere: “Abri a gaveta e encontrei...”. O aluno continua o texto escrevendo com: palavras que tenham 2 ou 3 sílabas, comecem com p, m ou s, rime, etc.
2 – o professor leva um texto com ausência de pontuação para os alunos lerem e pontuarem.
3 – o professor dá um poema e pede paráfrase com modificações do personagem, do cenário, etc.
4 – imaginar um personagem não humano, descrevê-lo com características humanas.
5 – pensar o que existe no mar e adjacências e escrever um período combinando palavras pelo parentesco sonoro, ex: areia com ceia, alga com algo.
6 – o professor escolhe algumas palavras, ex. – dia – e os alunos devem atribuir um sentido comum e um sentido figura à palavra.
7 – ad-verso: o professor dá dois versos de uma quadra e pede que os alunos emendem com outros dois versos de um outro assunto.
Esses exercícios podem ser trocados, completados em duplas, dramatizados, tec. Nessa etapa ainda não está em pauta o conteúdo, mas o desbloqueio da escrita.




Referências bibliográficas e sugestões de links:
1 – Poesia não é difícil, Moisés, Carlos Felipe ed. Artes e Ofícios 1996
2 – Diálogos com Bakhtin, Castro, Faraco, Tezza (org) cap. 7 Kramer, Sonia ed. UFPR 2001
3 – Literatura: arte, conhecimento e vida, Coelho, Nelly Novaes ed. Peirópolis 2000
4 – A arte de ensinar a escrever, Calkins, Lucy McCormick ed. Artmed 1986
5 – Produção e leitura de textos, v. 7, Citelli, Beatriz ed. Cortez 2001
6 – Trabalhando com poesia, Beraldo, Alda ed. Ática 1990
7 – Oficina de linguagem, Condemarín, M., Galdames, V., Medina, ª ed. Moderna 2002
Miriam Mermelstein
(Pedagoga e autora de obras de Literatura Infantil, tendo ministrado as oficinas “A poesia em sala de aula” e “Abraçando a palavra” no CRE Mario Covas, durante o 1º semestre de 2004)
6.- A importância da leitura do livro religioso

"1. Importância da leitura
A leitura é uma das formas privilegiadas da formação humana. Apesar da evolução das técnicas mais sofisticadas de uso na comunicação, o livro continua a ter um lugar próprio e insubstituível na formação cultural do espírito humano. Pela leitura formamos e ajustamos critérios de vida, adquirimos conhecimentos, apuramos e sintonizamos sentimentos, fazemos opções de vida... Um bom livro abre-nos novos horizontes, aponta-nos metas, estimula o desejo de saber, entusiasma as vontades humanas, "aquece o coração"!
Ler é um bom exercício das faculdades humanas superiores: desenvolve o raciocínio, provoca associações de imagens e ideias, alarga perspectivas no campo dos saberes, ajuda a encontrar explicação para as interrogações da vida, contribui para aclarar os segredos da natureza e da vida!
2. As qualidade da leitura
A leitura é uma espécie de alimento humano: não sacia os apetites do estômago, mas dá conforto à fome do espírito. Da sua boa qualidade depende, em grande parte, a orientação da vida dos que a cultivam. Parafraseando um ditado popular usado noutro contexto, poderíamos dizer: "diz-me o que lês e dir-te-ei o que pensas e fazes"!
A nossa inteligência e o nosso "coração" têm a tendência para se identificarem com as mensagens lidas: se forem boas, haverá que esperar bons frutos; se forem menos boas, ou mesmo más, corremos o risco de nos identificarmos com elas, degradando a vida, o pensamento e o apreço pelos verdadeiros valores.
3. O livro religioso
A religião é uma proposta de vida que somos convidados a acolher e a abraçar, de modo inteiramente livre. O livro é um óptimo instrumento de apoio ao percurso religioso de cada um. Tal percurso dependerá, em grande parte, da qualidade de leitura religiosa que cultivarmos.Ler por ler, ou só por curiosidade, sem bases sólidas do que desejamos verdadeiramente, pode não contribuir para uma formação firme e robusta. Uma vez feita uma opção religiosa de fé, a leitura religiosa contribuirá, em muito, para o aprofundamento da própria fé e desenvolverá um sentido do religioso, mais puro e autêntico. Nem todos os livros ditos "religiosos" têm o mesmo valor. Importa saber escolher. Será bom, para quem queira progredir no aprofundamento da fé, escolher autores sólidos e esclarecidos, que afinem a própria fé com as suas fontes inspiradoras e as cotejem continuamente com a fé da comunidade em que se integram. Num livro religioso há que procurar: solidez de doutrina, análise das realidades da vida de cada tempo e reencontro com as origens básicas da fé, que justificam o argumento do livro. Um bom livro religioso ajudará a conhecer melhor os conteúdos da fé, fornecerá razões à esperança que nos anima, alimentará o espírito humano, dando sentido ao seu viver e orientação para os comportamentos harmonizados com a doutrina que é objecto da fé professada. Da escolha das leituras religiosas que fizermos, dependerá, em grande medida, o nosso comportamento humano, moral e religioso e a própria felicidade da cada um."
D. Manuel Madureira Dias
(Bispo do Algarve)

A Semana da Leitura

Comemorou-se no mês passado a 'Semana da Leitura'. A Biblioteca do Manuel pediu aos seus leitores que participassem neste evento criando frases que apelassem à sua prática. Solicitou ainda às outras escolas do AVECA que participassem. Destacou-se a participação muito meritória dos alunos da Escola EB1 nº2 de Montes Velhos.
Chegaram à redacção do Manuel frases de muita qualidade. Assim, caro leitor, se hesitas nas tuas motivações para a leitura, aí vão algumas razões que te poderão motivar:
Devemos ler porque ler é bom para aprender.
(Inês, 1ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Lendo, posso sonhar e até mudar de lugar
(Margarida, 1ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Devemos ler porque aprendemos mais coisas.
(Ana Luísa, 1ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Quanto mais leio mais aprendo
(José Miguel, 2ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Devemos ler porque aprendemos novas palavras e o seu significado.
(Micael, 1ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Quando lemos podemos consultar livros para tirar dúvidas.
(Carlota, 1ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Devemos ler porque passamos a ler mais depressa e podemos ler as legendas dos filmes.
(Gwendoline, 2ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Ler é aprender.
(2ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

A ler imagino muitas coisas. Num instante posso ir à praia e voltar.
(Samuel, 3ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Ao ler imaginamos muitas coisas. Num minuto posso ser grande ou pequena…
(Catarina, 3ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

A leitura ajuda as pessoas a falar melhor.
(Miguel, 3ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Quando leio sinto-me inspirado.
(Luís, 4ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Devemos ler porque a leitura traz evolução cultural e assim, ficamos contentes.
(Filipe, 4ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Ler ajuda a aprender a escrever.
(José, 4ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Ler faz bem porque aprendo a sonhar.
(Raquel, 4ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Eu quando leio sinto que estou a sonhar.
(Maria, 4ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Quando leio um livro sinto que estou a sonhar.
(André, 4ºAno; EB1 nº2 de Montes Velhos)

Eu gosto de ler porque é divertido.
(Nuno Rosa, 5ºB, nº18, E.B.2,3 Manuel de Brito Camacho)

Devemos ler porque a leitura permite-nos concretizar um sonho muito antigo. Voar.
(Mariana Nunes, 6º A, nº14, E.B.2,3 Manuel de Brito Camacho)

Devemos ler porque é uma maneira de passarmos o tempo livre e, ao mesmo tempo, aumentarmos os nossos conhecimentos e a nossa cultura.
(Dália Raposo, 9ºA, nº 10, E.B.2,3 Manuel de Brito Camacho)

Devemos ler porque, mesmo sem sair do lugar, podemos ir ao infinito e muito mais além.
(Marisa Silva, 9ºA,nº20, E.B.2,3 Manuel de Brito Camacho)
O Manuel, por outro lado, também fez a sua própria investigaçãozita... Depois contamos.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Livro do Mês de Abril

O Manuel elege quatro livros para este mês.



No livro '7 experìências que podem mudar o mundo', Rupert Sheldrake propõe aos leitores uma reflexão sobre o conhecimento científico actual. Esta é uma obra que propõe novas perspectivas da realidade aos seus leitores e que, de uma forma clara e acessível a todos, coloca questões ao conhecimento científico actual.

Rupert Sheldrake, é importante dizê-lo, foi membro investigador da Royal Society e director de estudos de bioquímica e de biologia celular da Universidade de Cambridge.

A 'Farsa de Inês Pereira' ilustrada por Artur Correia é outro do livros propostos pelo Manuel. Trata-se de uma versão integral e muito adequada ao primeiro contacto com o nosso grande Gil Vicente.
Para os leitores mais novos cá da casa é uma oportunidade única de se familiarizarem com o Teatro que se fazia na época dos Descobrimentos.
Desta forma, os amigos cá da casa poderão conhecer de uma forma bem humorada, os hábitos e os costumes, os defeitos de carácter e as virtudes, dos portugueses dos séculos XV e XVI.

O Manuel não é cá de coisas... vai mesmo em dizer que toda a gente vai gostar de fazer o que lhe compete: Ler -ou pelo menos passar os olhos- por este livro.


Um dos escritores mais promissores de Portugal é cá do nosso Alentejo. O nosso homem, que dá pelo nome José Luís Peixoto, deu agora à estampa o 'Cemitério de Pianos'.
Este livro, que o Manuel aconselha aos seus leitores mais maduritos, tem uma virtude: a sua leitura é ainda mais apelativa do que a sua capa (por sinal, muito conseguida...).



'O Grande Circo da Física' é um trabalho formidável e a contracapa informa-nos que este é um livro aconselhado por, entre outros, autoridades como José Mariano Gago, ministro da Ciência e do Ensino Superior; Carlos Matos Ferreira, secretário-geral da Sociedade Portuguesa de Física e pelo conhecido Carlos Fiolhais, professor do Departamento de Física da Universidade de Coimbra.
O Manuel, a acreditar nos comentários que leu e que ouviu, aconselha este trabalho a todos os alunos do 8º e 9º ano cá da Escola que gostam de Física.

segunda-feira, 5 de março de 2007

FEVEREIRO - LEITORES DO MÊS

Estão encontrados os leitores cá da casa no mês de Fevereiro. Para eles o nosso reconhecimento e a esperança de que continuem a sentir-se bem hospedados entre nós.

Alunos:
1º José Diogo dos Santos 5º E, nº10
2º Jacqueline Hardy 5º D, nº8
3º Rodrigo Luz 5º A, nº 18
3º Dinis Alexandre Piassab 5º D, nº 4
3º Xavier Caixeirinho 5º D, nº 22
Professores
1º Profª Teresa Vasconcelos
2º Prof. António Simões


P.S.: Dissemos 'hospedados'?!... Disparate!... Esta casa, a 'casa do Manuel', é a vossa casa.
Um abraço!

Livros do Mês de Março (Ahhh, pois é!... e já agora uma dica sobre os de 'livros do mês' de Fevereiro)



Para o mês de Fevereiro o Manuel escolheu os livros da colecção 'As Feras do Futebol' e o livro da jornalista Felícia Cabrita 'Os Amores de Salazar'.

Parece que em boa hora fez estas escolhas uma vez que ainda os livros estavam a ser catalogados e já a sua leitura era disputada pelos leitores -mais miúdos e mais graúdos- cá da casa...

Por nos ter faltado a Internet não foram publicadas as escolhas que o Manuel fez para as leituras de Fevereiro... Aí vão:




Semana da Leitura

Aqui na casa do Manuel vamos comemorar a 'Semana da Leitura'. Para participar adequadamente nesta actividade deves consultar o Regulamento que se encontra afixado na sala de convívio dos alunos e aqui na Biblioteca.
'Diz que é um concurso que vai dar prémios...'
Participa!

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Experiência do Mês de Janeiro - Avaliação

Não pode deixar de ser muito positiva (passe a imodéstia) a avaliação desta actividade. A 'Experiência do Mês' foi alvo da atenção e da curiosidade dos alunos e dos professores e foi reconhecida pelas estruturas hierárquicas em que a BE/CRE da Escola EB 2,3 Manuel de Brito Camacho se insere.

Conforme ficou estabelecido logo no primeiro parágrafo do Plano de Actividades da Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Educativos da Escola EB 2,3 Manuel de Brito Camacho, apresentado e aprovado no Conselho Pedagógico do A.V.E.C.A. esta "[...] deve estar completamente integrada na escola em que se insere. Isso implica um vínculo forte às diversas disciplinas ministradas. [...] a Biblioteca deve ser capaz, não só de ajudar alunos e professores na busca de informação, mas antes de ir à sua frente e orientá-los no caminho da informação necessária. Para conseguir este intento a Biblioteca deve ter, para além dos professores da sua equipa de coordenação, professores colaboradores de diversas áreas disciplinares presentes na Escola."

É no âmbito deste parágrafo que acabou por se levar por diante "A Experiência do Mês". Esta actividade conta com o apoio da Sociedade Portuguesa de Explosivos (empresa sedeada na vila de Aljustrel) e tem contado com o dinamismo e com o empenho do professor de Física José Teixeira que, em muito boa hora, se integrou, enquanto colaborador, na equipa de professores e funcionários que procuram que esta Biblioteca seja um local aprazível de trabalho e de investigação para os seus alunos.

Dentro das suas possibilidades, a Comissão Executiva Provisória do A.V.E.C.A (Profs. Isabel Freitas, José Nunes e Paula Pereira) e a Coordenadora das Bibliotecas Escolares da área em que esta biblioteca se insere (Dra. Elsa Conde) nunca voltaram a cara às diversas solicitações que a equipa coordenadora desta Biblioteca, de quando em vez, manifestou.

Diz o professor José Teixeira, na introdução que fez à planificação desta actividade: "Atendendo [...] à necessidade de cativar os alunos para estas áreas [ciências exactas] que desempenham um papel fundamental na formação de cidadãos preparados para enfrentar uma sociedade marcadamente científica e tecnológica, a equipa coordenadora da Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Educativos da Escola Básica 2,3 Dr. Manuel de Brito Camacho entendeu dever intervir na esperança de contribuir para a superação destes problemas [insucesso escolar e desinteresse dos alunos pela área das ciências exactas].Desta forma, foi elaborado o plano para um conjunto de actividades a desenvolver mensalmente sob a responsabilidade da BE/CRE. Com uma periodicidade mensal, a BE/CRE proporcionará aos alunos um espaço onde poderão usufruir de uma demonstração experimental, bem como, de documentação relativa às pessoas, aos factos científicos e aos factos históricos associados à experiência. Terão igualmente a oportunidade de conhecer algumas das implicações tecnológicas e sociais das referidas descobertas científicas.Os temas a desenvolver mensalmente incidirão preferencialmente sobre experiências históricas na evolução científica, com particular destaque para as áreas da Física e da Biologia. São objectivos desta actividade, muito resumidamente, a) criar nos alunos a imagem de uma biblioteca ligada a todas as áreas do saber; b)cativar os alunos para as áreas ligadas às ciências exactas; c) promover nos alunos a ideia de que os cientistas são elementos integrados e activos na sociedade em que vivem; d) possibilitar aos alunos o reconhecimento de que as descobertas científicas podem ter um papel absolutamente determinante na evolução das sociedades; e) ligar o espaço escolar ao espaço envolvente; f) dar força à ideia de que a aprendizagem escolar pode ter importância no mundo do trabalho e na vida activa e g) abrir a Escola às solicitações e aos interesses da comunidade envolvente."


Paralelamente às preocupações acima citadas, cumpre dizer que esta Biblioteca Escolar com a colaboração da Comissão Executiva Provisória procurou, por um lado, reforçar o acervo bibliográfico de carácter científico e, por outro lado, fornecer aos alunos mais informação para a compreensão das experiências realizadas recorrendo à citada bibliografia, ao acervo já existente e a sítios da Internet com interesse. Esta documentação foi veiculada nos folhetos explicativos distribuidos aos alunos, no sítio electrónico da 'Experiência do Mês' (em processo de criação) e aqui no Blogue da Biblioteca.


A apresentação 'oficial' da Experiência do Mês ocorreu de uma forma muito informal conforme se pode constatar nas imagens abaixo:

Foto: Professor José Nunes

Da esquerda para a direita: Professor José Teixeira (dinamizador da experiência); professora Maria Ana Pereira (responsável pela BE/CRE do Pólo 1 do AVECA); professora Isabel Galope (vereadora da cultura da C.M.A.); professora Isabel Freitas (Presidente da Comissão Executiva Provisória do AVECA) e D. Filomena Grilo (funcionária da BE/CRE).




Foto: Professor José Nunes

Da esquerda para a direita: professora Margarida Cano (C.E. Baixo Alentejo); professora Isabel Brioso (membro da equipa de coordenação da BE/CRE); professora Gabriela Algarvio (C.E. Baixo Alentejo); Dra. Elsa Conde (coordenadora das BE/CRE da área) e professor Francisco Nunes (coordenador da BE/CRE da escola EB 2, 3 Manuel de Brito Camacho - Aljustrel).


Foto: professor Francisco Nunes

Entusiasmo dos alunos na observação e demonstração da experiência de Oersted...

O Coordenador da BE/CRE da

Escola EB2,3 Manuel de Brito Camacho,

Francisco Manuel Palmeiro da Silva Nunes


P.S.: É curial que sejam aqui mencionados todos os elementos que constroem a 'Biblioteca do Manuel' errando muitas vezes e acertando de vez em quando:

Bernardo Fava (manutenção informática);

Filomena Grilo (empréstimos e catalogação);

Francisco Nunes (coordenador);

Graça Alves (membro da equipa de coordenação de quem sentimos a falta e a quem desejamos as rápidas melhoras da intervenção cirúrgica a que foi sujeita);

Isabel Brioso (membro da equipa de coordenação);

Isabel Encarnação (vigilância e manutenção);

José Teixeira (professor colaborador na área das ciências exactas);

Margarida Afonso (professor colaborador na área das línguas) e

Pedro Marques (professor colaborador na área das ciências humanas).

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Era uma casa muito engraçada...


O Manuel tem andado eufórico a explorar a 'Casa da Leitura'. Este sítio (a que poderás aceder clicando na imagem aí em cima) é um mundo. Esta é uma casa para as famílias que querem ler com os filhos, para os filhos que querem divertir-se a ler e para os professores que querem aceder a novas estratégias de exploração, a novos textos, a links interessantes...
Ahhh! e last, but not least (o Manuel é vaidoso e gosta de utilizar expressões estrangeiras... para armar, claro!) esta página, criada sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, permite-nos voltar a aceder ao excelente trabalho da Cristina Taquelim que recordamos com saudade pelo seu trabalho na 'Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago' e enquanto formadora de professores bibliotecários.



segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Challenge/Ler+

Por não termos internet nos últimos dez dias não temos podido postar convenientemente aqui 'à do Manuel'. Lamentamos por isso o atraso com que te comunicamos que estamos disponíveis para te ajudar a participar no concurso Sapo Challenge.
De qualquer forma ainda estás a tempo... Conta connosco e...
Inscreve-te!!!

(Clica no ícone para saber mais)

A Petição do 7º A está em andamento

A petição que o 7º A apresentou no princípio do mês de Novembro foi aprovada pelos Conselhos Pedagógicos do AVECA e da ESA. Quer isto dizer que vai ser possível aos alunos desta Escola acederem ao acervo da Biblioteca da ESA.
Para que seja possível a concretização deste desiderato deverá estar disponível, em cada uma das bibliotecas, o arquivo da biblioteca vizinha e as respectivas fichas de requisição. Sempre que um aluno de cada uma destas bibliotecas (BE/CRE da Escola Manuel de Brito Camacho e BE/CRE da Escola Secundária de Aljustrel) necessite de um documento que apenas esteja disponível na biblioteca vizinha, poderá requisitá-lo através da biblioteca da sua escola e, comodamente, levantá-lo na sua biblioteca, no dia seguinte.
No sentido de assegurar a operacionalidade desta valência ainda neste 2º período lectivo os responsáveis por estas bibliotecas já tiveram uma reunião preparatória no passado dia 7 de Fevereiro. Voltarão a reunir-se para ultimar este projecto de cooperação logo após a interrupção das actividades lectivas do Carnaval.

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Experiência do Mês de Janeiro

Está a ser um sucesso a Experiência do Mês levada 'à cena' aqui na Biblioteca do Manuel. Antes de te mostrarmos aqui imagens da adesão dos teus colegas a este evento queremos fornecer-te mais informações sobre a experiência que Oersted realizou vai para duzentos anos -pá! duzentos anos!!...-
Se quiseres saber mais sobre a experiência ou sobre a vida deste cientista, clica nos símbolos abaixo: